Eu vi gelar as putas da Avenida
ao griso de Janeiro e tive pena
Fernando Assis Pacheco
Eu vi andar as pegas na Avenida
num tórrido Verão, ardia Agosto.
Se aquilo que faziam era a vida,
mas que puta de vida! Quanto rosto
sumido e consumido nessa lida,
à mercê do ferrete, e do sol-posto
dissimulado sob a perseguida
labuta marginal. A contragosto,
dei por mim a olhar, a ver de perto
um vulto que exibia o passo incerto
e arrastava os pés, de esquina em esquina.
Mas perdi o seu rasto, a sua sombra;
vislumbrando, a desoras, na penumbra,
a máscara fatal de Messalina.
http://domingosmota.blogspot.pt/2014/08/a-mascara-fatal-de-messalina.html
Grato pela divulgação da máscara.
ResponderEliminarErrata: v. 1, onde se lê "pegas da Avenida", em itálico, deve ler-se, "pegas da Avenida" em tipo normal; v. 8, onde se lê "disputa", deve ler-se, "labuta"; v. 11, onde se lê, "e lacerava os pés", deve ler-se, "e arrastava os pés".
Foram estas algumas das correcções posteriores à sua publicação do poema aqui.
Abraço.
DM
Eu é que agradeço! E então, se me permite, farei as correcções.
EliminarSaudações cordiais