Deprecias o soneto.
E eu pergunto, porque não
abrigá-lo sob o tecto
do poema em construção?
Que a rima não se usa,
dizes tu, é coisa antiga.
Mas se a forma da blusa
fica bem à rapariga;
repara naquelas curvas,
na elegância do corte:
por que razão te perturbas
e quase perdes o norte
e te zangas e abespinhas,
como se fossem maninhas
todas as pernas errantes,
sedutoras, cativantes?
http://domingosmota.blogspot.pt/2016/09/ensaio-sobre-o-soneto.html
sábado, 17 de setembro de 2016
#37 - ENSAIO SOBRE O SONETO, Domingos da Mota
domingo, 11 de setembro de 2016
#36 - SE ME FOR DE VOO, Carla M. Soares
não lamento
se me for de voo
se me for de súbito
se me for a cavalo
num relâmpago
se agora sim
e a seguir não
o que temo
é a incerteza
do infinito
a insinuar-se nos cantos
da minha sala
temo ouvi-lo
fazer lento silêncio
sobre o bulício dos dias
temo que os dedos
se tolham
que encolha a voz
em lento passo
temo ficar
à espera da quebra
que vá de voo
que vá de voo
http://monsterblues-cms.blogspot.pt/2016/09/se-me-for-de-voo.html
se me for de voo
se me for de súbito
se me for a cavalo
num relâmpago
se agora sim
e a seguir não
o que temo
é a incerteza
do infinito
a insinuar-se nos cantos
da minha sala
temo ouvi-lo
fazer lento silêncio
sobre o bulício dos dias
temo que os dedos
se tolham
que encolha a voz
em lento passo
temo ficar
à espera da quebra
que vá de voo
que vá de voo
http://monsterblues-cms.blogspot.pt/2016/09/se-me-for-de-voo.html
Subscrever:
Mensagens (Atom)