tenho sempre à mão
uma virtude e um defeito
para quando o medo vem
e falta ousadia
para quando a coragem sobressai
e me torno insolente
para que me sirva de esteio
tenho sempre à mão
carapuças!
que visto em dias
favoráveis
e de frio
tenho sempre à mão
o que me convém
um perfil que irradia
uma ausência tão só minha
tenho sempre à mão
papel, lápis
um estilete
e um punhado de covardia
e um punhado de covardia